Karma is a bitch

Esse título não é uma frase nova. Eu já li por aí algumas vezes, mas hoje está fazendo muito sentido.

Eu sempre me preocupei com meu carma. Das coisas menores às maiores. Exemplo: aquele amigo de anos, com que eu já tive milhões de lances em momentos diferentes da vida, e que depois de casado insistia em insistir em mim e eu dizia exatamente essas palavras: "não, não vamos ficar, quero ir pro céu."

Sim, eu usava essas palavras porque sempre pensei diligentemente no meu carma. Acho até pouco nobre isso, porque há algo muito egoísta em não querer ferrar o próprio carma, fazendo um pé de meia de boas ações pra próxima vida - ou pra essa mesma, vai saber.

Só que a vida é muito engraçada e atenta. E te pega mesmo quando você está distraída.

Há alguns anos, eu estava ficando com um cara (meu atual último ex namorado) e não tava ligando muito pra ele. Estava naquela da amizade, que às vezes saía e ficava, às vezes saía e não ficava. E assim seguia minha falta de humanidade.

Eis que chega o dia do meu aniversário e eu resolvo comemorar com minhas amigas em um sábado à noite. Só meninas, inicialmente, mais precisamente aquelas amigas de anos, que eu não encontrava sempre. De homens só foram dois namorados delas.

Muito bem. Por causa dessa simples comemoração íntima com minhas amigas, eu tive que ouvir, pelos, aproximadamente, três anos seguintes, que eu tinha comemorado meu aniversário e não tinha chamado meu ex (que, à época, era um amigo-ficante-às vezes).

Eu achava a reclamação dele muito póstuma e desnecessária para ser levada à sério. Vamos lá, a gente nem era ficante sério, porque eu deixava claro (sim, eu falava - lembra da falta de humanidade que eu citei acima?) que não estava tão afim dele. Então, pra mim, era muito natural comemorar só com minhas amigas sem chamá-lo.

Mas, fazendo jus ao título desse texto: sim, karma is a bitch! Meu ex ia adorar saber que hoje é aniversário do meu atual ficante e que ontem, domingo, teve comemoração na casa dele, eu não fui chamada e agora tô com uma puta dor de corno.

Tá, vamos lá, tem algumas atenuantes no caso dele. Eu mandei mensagem pra ele à noite e ele me chamou. Mas eu achei que só tinha "ur muleki" lá e que eu ia atrapalhar o papo "dur muleki" (que a gente sabe que é bem diferente quando tem e quando não tem mulher no recinto) e acabei não indo. Outra atenuante é que ele não sabia que ia aparecer uma galera lá (diz ele).

Tirando esses fatos - que pro meu bode não querem dizer nada, agora eu tenho que ficar vendo as postagens no facebook da galera que foi ontem comemorar com ele. Que maneiro!!!

Só de pirraça eu, óbvio, demorei séculos pra ligar pra ele hoje pra dar parabéns (vingativa). Até que ele me mandou mensagem desacreditando que eu não ia falar com ele no dia do aniversário dele, aí dei um tempo e liguei (geleca mole).

A razão de eu estar contando isso? Eu poderia dizer "sei lá", mas eu sei sim: ocupar meus dedos, que estão com fome emocional e já comeram uns 7 levíssimos com margarina (oi? vida saudável mandou lembranças!) de tanta raiva de mim mesma, dele e do meu ex, que ia ficar muito feliz de saber que eu me ferrei por uma coisa que eu fiz há uns quatro anos (sim, é nesse nível que eu acredito em carma).

Então, você que estiver lendo esse texto, tome muito cuidado com o que você faz. Principalmente se o que você fez faz outra pessoa encher seus pacová dizendo que machucou, que magoou etc. Um dia, você vai descobrir que, sim, machuca a beça.

E viva o carma!

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